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19/10/2021 14:10

Manifesto de preocupação com a possibilidade de supressão de 1000 (mil) hectares em Piatã


A coordenadora do Campus Avançado da Chapada Diamantina (CACD) da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Marjorie Cseko Nolasco, tem acompanhado o julgamento sobre possível desmatamento de 1000 (mil) hectares na região do município de Piatã. A ação tramita em segunda instância. É recorrente à decisão que havia sido tomada no dia 7 de dezembro do ano passado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), a pedido do Ministério Público estadual (MP-BA), que determinou a suspensão de licença concedida pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) à empresa Hayashi para esta manter atividades que poderiam provocar desmatamentos e, também, comprometer bacias hidrográficas da região, composta pelos rios Paraguaçu, Rio de Contas e Paramirim. Na terça-feira (19.10), a empresa conseguiu liminar para continuar desenvolvendo atividades de agronegócio no local.

  A Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, composta por representantes políticos e membros da sociedade civil, tem se posicionado contra a última liminar obtida pela empresa. "A liminar do juiz da Comarca de Piatã se baseou em pareceres do Centro de Geoprocessamento do CEAMA (Centro de Apoio Operacional do Ministério Público), que identificou a existência de Área de Preservação Permanente, contestando o registro apontado no Cadastro Estadual de Imóveis Rurais (CEFIR)", publicou o deputado estadual Marcelino Galo (PT) em seu perfil no Instagram, em referência àquela entidade que representa. "São patrimônios ambientais da região e da Bahia, que colaboram para a conservação da biodiversidade e garantem a sobrevivência das populações e preservação dos seus modos de vida e bem-estar", completa. "A comunidade não pode permitir. Esperamos que a justiça faça justiça", frisa o parlamentar, agora em vídeo.

  A coordenadora do CACD-Uefs também se pronunciou sobre o caso em vídeo. "São três rios da região semiárida da Bahia e a Chapada Diamantina é fundamental para que eles mantenham as suas águas. O semiárido [baiano] não fornece água a esses rios. Eles, portanto, estão sob crível ameaça. E todos aqueles que vivem às suas margens também. Esperamos que o TJ[BA], na sua segunda câmara cívil, tenha sensibilidade ambiental e garanta, mantenha a liminar que suspendeu o desmatamento de mil hectares. É a nossa esperança e a nossa certeza que o Judiciário pode fazer a diferença no nosso estado e no nosso semiárido", defendeu. Marjorie Nolasco é geóloga, mestre em Geologia, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), e doutora em Geociências, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).


 

Acompanhe na íntegra o comunicado da coordenadora da CACD-Uefs sobre o caso, pelo link:

https://www.instagram.com/tv/CVNxiuXFkKt/?utm_medium=share_sheet.

Já o post feito pelo deputado estadual Marcelino Galo, em seu perfil no Instagram, pode ser acessado em:

https://www.instagram.com/reel/CVNd_ZVgPOV/



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